Introdução a zoologia e embriologia dos metazoários

Introdução a zoologia
O reino Metazoa é dividido em dois subreinos, o Parazoa, que contém o filo dos Poríferos, e o Eumetazoa, que abrange os filos dos Cnidários, Platelmintos, Nematelmintos, Moluscos, Anelídeos, Artrópodes, Equinodermos e os Cordados. Porém ambas divisões categóricas compartilham a apomorfia dos metazoários: a blástula.
Resultado de imagem para subreinos metazoa parazoa
Fonte: http://futuro-cientista.blogspot.com/2012/07/cladograma-do-reino-metazoa.html



Embriologia dos metazoários
Na reprodução sexuada dos animais, os gametas masculinos fecundam os femininos, formando o zigoto. Ele se divide em dois por mitose, e, a seguir, as duas células se separam em mais duas, totalizando quatro, seguindo o processo de clivagem até chegar no estado de mórula. A mórula é um conjunto de células com um espaço interno, a blastocele, em que há água rica em nutrientes, da qual as células se alimentam até crescerem, dando início à fase de gástrula. Nesse momento há a divisão entre Parazoa e Eumetazoa, pois os membros do primeiro grupo param no estado de blástula e não formam tecidos, enquanto os do segundo continuam a se desenvolver de forma diferente e formam tecidos verdadeiros.
Resultado de imagem para clivagem
Fonte: https://chromatinnotdna.blogspot.com/2017/06/embriologia.html
Ocorrendo uma invaginação a blástula se transforma em gástrula, em que há a formação do arquênteron (intestino primitivo) e dos folhetos germinativos (ectoderme, endoderme e, posteriormente, mesoderme). Aqueles animais que possuem apenas os dois primeiros folhetos são conhecidos como diblásticos - cnidários - e os que têm os três são triblásticos - todos os filos restantes. As células que se encontram no arquênteron fazem parte da endoderme, servindo para a digestão dos alimentos, enquanto as que estão na parte exterior do animal são da ectoderme, revestindo e protegendo o ser, que possui uma vantagem numérica de células em relação aos protoctistas, bactérias e fungos unicelulares. Os tecidos são originados dos folhetos embrionários e configuram um agrupamento celular especializado em alguma função. A cooperação das unidades básicas da vida do indivíduo acontece principalmente pela comunicação entre elas, por meio de hormônios e proteínas.
Resultado de imagem para gástrula
Fonte: https://www.infoescola.com/embriologia/folhetos-embrionarios/
A mesoderme surge quando as células da endoderme adentram o espaço da antiga blastocele da gástrula em busca de mais nutrientes, formando um novo folheto germinativo. Ela é responsável pela formação dos tecidos musculares e do celoma, que é uma cavidade delimitada pela mesoderme que origina o sistema circulatório. Há animais triblásticos em que o último folheto embrionário envolve apenas uma parte da cavidade, sendo a outra parte delimitada pela endoderme. Esses animais são chamados de pseudocelomados, pois o celoma só é verdadeiro quando é completamente revestido pelo mesoderme. É o caso dos nematelmintos, cujo representante mais conhecido é a lombriga (Ascaris lumbricoides), um parasita do intestino humano.
Fonte: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/pseudoceloma.jpg
Além dos celomados e dos pseudocelomados, há animais que não possuem celoma, sendo eles acelomados, como os cnidários.
Fonte: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/celoma2.jpg
Muitos cientistas pesquisam a origem dos intrigantes metazoários, originando algumas teorias. Entre elas, a mais aceita é a que afirma que os animais são descendentes dos coanoflagelados, um tipo de protoctista. Os coanoflagelados, visando sua sobrevivência e de sua espécie, se juntaram em uma estrutura semelhante a uma blástula atual. Os flagelos desses seres ficavam voltados para o exterior da "blástula primitiva", largando sua função de locomoção e servindo para a obtenção de alimentos. Os nutrientes que vinham em excesso eram jogados para o interior da cavidade para que os outros pudessem se alimentar, como ocorre na blastocele. Antigamente eles se juntavam por "vontade própria", porém, posteriormente, a colônia de protoctistas começou a ser unida por colágeno, presente hoje em dia nas células animais. Essa cooperação fornecia uma proteção de números contra os outros seres unicelulares, possibilitando também a comunicação entre os coanoflagelados para a sobrevivência do superindivíduo. Dessa forma, os biólogos explicam o surgimento da blástula e dos animais.
Resultado de imagem para coanoflagelado
Fonte: https://abhsscience.wikispaces.com/file/view/choanoflagellate.jpg/399427348/choanoflagellate.jpg

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Fungos e Divisões

Reinos

Cordados